O nome destes amigos é quase tão dificil de pronunciar como o do vulcão Popocatépetl. Os Xoloitzcuintli, ou Xolo para abreviar, são simpáticos e raros cães carecas mexicanos. Em Português são conhecidos por "careca mexicano", um nome ligeiramente depreciativo mas exacto. E no brasil, por cão nú mexicano.

A raça apresenta cães de vários tamanhos (entre 5 e 10 Kg) que têm em comum a caracteristica genética de terem pouco ou nenhum pelo. Isso deve-se a uma mutação genética ocorrida há alguns milhares de anos. Normalmente as ninhadas têm uma mistura de cães totalmente carecas com cachorros que apresentam um pelo muito curto e denso. Aparecem também os cães que são carecas mas têm algum pelo na cauda, ponta das patas e topo da cabeça. O fenótipo é herdado como caracteristica monogénica autossómica semidominante, e não é um gene recessivo como inicialmente se pensava (1). Os Xolo são quase sempre azuis acinzentados ou mais raramente apresentam cor avermelhada.

A mutação que se crê espontânea pode ter sido benéfica para estes cães, já que são originários de uma região com clima tropical no México. Os Aztecas veneravam-nos e também os usavam como comida, por mais contraditório que isso possa parecer. Os diários que Cristovão Colombo escreveu sobre as viagens ao Caribe e América dão conta de opíparos almoços de carne de cão. A sua carne tinha supostamente poderes curativos e comê-la era um ritual. Esta crendice manteve-se até hoje e se se procurar bem, reza a lenda, que em locais obscuros do méxico é possível adquirir escalopes de Xolo.

È uma das mais antigas raças de cão conhecidas e durante décadas estiveram em vias de extinção. São mais que prácticos para ter em casa: Não largam pelo, não têm pulgas!



referências:
(1) Cord Drögemüller, El
inor K. Karlsson, Marjo K. Hytönen, Michele Perloski, Gaudenz Dolf, Kirsi Sainio, Hannes Lohi, Kerstin Lindblad-Toh, and Tosso Leeb, Science 12 September 2008 321: 1462 [DOI: 10.1126/science.1162525]

0 comments

Post a Comment